domingo, 5 de agosto de 2012

Novo jipe da Nasa chega a Marte na madrugada desta segunda



Curiosity é o maior e mais moderno veículo já feito para explorar o planeta.
Processo de pouso inclui pendurar o jipe por um guindaste.


info marte (Foto: Arte/G1)
Nas primeiras horas desta segunda-feira (6), deve tocar o solo marciano a maior máquina que o ser humano já criou para a exploração de outros planetas. O jipe Curiosity tem o pouso previsto para as 2h31 da manhã (horário de Brasília), em um local conhecido como Cratera Gale.
A agência espacial americana (Nasa) investiu cerca de US$ 2,5 bilhões (mais de R$ 5 bilhões) no veículo, que vai analisar o solo em busca de informações sobre vida. O objetivo é determinar se, em algum momento, o planeta já reuniu as condições necessárias para habitação.
O pouso
A viagem da Terra até Marte durou mais de oito meses – o veículo foi lançado em 26 de novembro de 2011. Na época do lançamento, o G1 preparou o vídeo que você vê ao lado, detalhando o processo de pouso.
A aterrissagem está sendo chamada pela própria Nasa de "7 minutos de terror". Sete minutos é o tempo que o veículo levará entre a entrada na atmosfera marciana e a chegada ao solo.
A atmosfera de Marte é bem mais fina que a da Terra, por isso é bem mais difícil frear uma nave lá do que aqui. A entrada na atmosfera acontecerá a uma velocidade de 20 mil km/h.
O Curiosity é maior e mais pesado que os jipes que a Nasa já mandou para Marte, razão pela qual exige uma nova estratégia de descida. Não bastaria usar apenas paraquedas e retrofoguetes: desta vez, foi criado um novo mecanismo – um guindaste em que o robô desce, pendurado na nave Mars Science Laboratory, até tocar o solo.
Curiosity (Foto: JPL-Caltech / Nasa)Concepção artística mostra Curiosity se preparando para recolher rocha de Marte (Foto: JPL-Caltech / Nasa)
"Sabemos que parece maluco", afirmou Adam Steltzner, do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa (JPL, na sigla em inglês), líder da equipe que projetou o Curiosity. "Mas é, na verdade, o resultado de decisões cautelosas", completou.
Se qualquer parte do plano der errado, o Curiosity se esborrachará no chão e a missão termina imediatamente. A Nasa só vai saber se o pouso foi ou não um sucesso 14 minutos após o ocorrido, porque esse é o tempo que o sinal leva para chegar à Terra.
O sinal, aliás, não vem direto do veículo para a Terra. Ele será rebatido pela Odissey, uma sonda que orbita o planeta vermelho desde 2001. Da perspectiva do Curiosity, a Terra estará abaixo do horizonte, e a manobra foi a maneira que a Nasa encontrou para fazer o sinal chegar o mais rápido possível.
O local de pouso foi escolhido de acordo com o objetivo da missão. A Cratera Gale oferece um alvo seguro para a aterrissagem, com uma área de cerca de 140 km2 – maior que o município de Niterói (RJ). Dali, o veículo está relativamente próximo ao Monte Sharp, onde sondas na órbita já visualizaram minerais que podem ter sido formados na água.
Do tamanho de um carro, o novo robô é cinco vezes mais pesado que o Spirit e o Opportunity, jipes que o antecederam na exploração de Marte. Mesmo sem tripulação, ele chega a ser maior até que o jipe lunar que carregava dois astronautas por vez nas missões americanas Apollo, que exploraram a Lua nas décadas de 1960 e 1970.
O Curiosity é tão grande porque traz dentro de si um laboratório inteiro. Os instrumentos científicos incluem uma carga 15 vezes maior do que a levada por seus antecessores. O veículo é capaz de recolher amostras de rochas e analisar a composição mineral do local. Os resultados vão ajudar os cientistas a descobrir se Marte já teve, algum dia, condições de abrigar vida.
Histórico
A missão está programada para durar um ano marciano – o que equivale a um ano, dez meses e duas semanas na Terra –, mas isso não quer dizer muita coisa. Quando o Spirit e o Opportunity chegaram ao planeta, em 2004, tinham como missão apenas três meses de explorações. O Opportunity é usado até hoje, e o Spirit só foi inutilizado porque perdeu contato com a Terra, em 2010.
Os primeiros objetos feitos pelo homem a pousarem em solo marciano foram as sondas Viking 1 e 2, lançadas pela Nasa em 1975 – a chegada foi em 1976. Em 1997, o Mars Pathfinder levou os EUA de volta ao planeta vermelho e inaugurou a era dos jipes, seguida pelo Spirit, pelo Opportunity e, agora, pelo Curiosity. A União Soviética também tentou lançar veículos para lá, mas não obteve sucesso
.

Estação móvel de pesquisa em Marte.


Do tamanho de um carro de passeio médio e peso aproximado de 1 tonelada, o Laboratório de Ciências de Marte – MSL-, lançado pela Nasa, alcançará a superfície do planeta vermelho aproximadamente às 13h30 do próximo dia 05.
A Nasa também transmitirá o pouso por televisão, por meio do site http://www.nasa.gov/ntv, com comentários em tempo real.
O laboratório móvel foi enviado a Marte a bordo do foguete Atlas V, lançado em 26 de novembro de 2011. O veículo está munido de 10 diferentes instrumentos para pesquisa do ambiente marciano, incluindo alguns para testes geológicos e de elementos químicos, com o fim de pesquisar o passado do planeta.
Abaixo, você acompanha um vídeo completo sobre este momento histórico:
O MSL também conta com seis rodas e inúmeras câmeras para captação de novas imagens, além de um laser e um conjunto de sensores capazes de ler variáveis ambientais (como altura e distância entre pontos), com o objetivo de evitar o mesmo destino da sonda Sojourner (do projeto Mars Pathfinder), que foi lançada em 1997 e acabou encalhando por conta da geografia hostil do planeta.
A seguir, você acompanha um esquema explicativo sobre o planejamento de entrada na atmosfera e pouso do rover:

sexta-feira, 20 de julho de 2012

MAIS ARDUINO, O QUE É E O QUE ELE FAZ!!!


Tecnicamente, o Arduino é uma controladora lógica programável. Oficialmente, porém, é uma plataforma de prototipagem eletrônica aberta. Mas o que isso significa?
Para eu ou você, é como um pequeno computador o qual você pode programar para fazer coisas e que interage com o mundo através de sensores eletrônicos, luzes e motores. Em essência, ele deixa projetos eletrônicos complexos acessíveis a qualquer um — dessa forma artistas e pessoas criativas podem concentrar-se em em transformar suas ideias em realidade. É a ferramenta de “fuçar” definitiva.
Arduino é uma plataforma de prototipagem eletrônica aberta baseada em hardware e software flexíveis e fáceis de usar. É destinada a artistas, designers, hobbistas e a qualquer um interessado em criar objetos ou ambientes interativos.

O que você pode fazer com ele?

Antes de falarmos sobre o que faz do Arduino um dispositivo revolucionário, acredito ser uma boa mostrar a você alguns dos meus projetos favoritos feitos com o Arduino.

Maker-Bot

Semana passada mostramos o Marker-Bot, uma impressora 3D. Bem, ele usa alguns Arduinos para controlar coisas como ejetar o plástico derretido do cabeçote da impressora até toda a movimentação.

Puff, o dragão mágico lutador robô

Todos os tipos de robôs são fortes candidatos a serem feitos com Arduino, mas este aqui é o mais engraçadinho que eu já vi. Usando um esquema básico de robô, dois motores e dois sensores de luz, esse rapazinho é capaz de encontrar uma fonte de calor, ir até ela e apagar o fogo — tudo de forma autônoma*.
* Autônoma significa que ele faz tudo por conta própria, sem controle humano.

Harpa de lasers

Uma explosão sensacional de sons e lasers — o que mais no mundo você poderia querer?

Tweet padeiro

Uma maneira simples de dizer aos seus clientes que o pãozinho acabou de sair do forno, o BakerTweet tem um dial de seleção para escolher o tipo de pão e um botão para Tweetar! Acredito que você concorde que este é um dos usos mais singulares do Arduino.

Cubos de LED

A melhor maneira de explicar este aqui é assistindo ao vídeo do (extremamente belo) cubo de LEDs 8x8x8 (isso dá 256 LEDs) totalmente controlado por um Arduino. Uau, esse com certeza vai para a minha to-do list, junto com outras 20 coisas que quero fazer primeiro! (O nível de dificuldade é mais elevado, vale dizer)

Diversão e jogos à parte, o que exatamente faz do Arduino algo tão especial? Existem outras controladoras programáveis por aí. E então?

Open source

Hardware e software são abertos (open source) — os esquemas estão disponíveis online, então se você não quiser comprar um Arduino pré-montado, sinta-se livre para comprar os componentes e fazê-lo você mesmo. Existem até mesmo clones que funcionam da mesma forma. Tenha em mente, claro, que comprando o dispositivo original você ajuda os criadores e o desenvolvimento futuro do Arduino.
Esquema completo do Arduino.
Quer fazer o seu próprio Arduino?

Conectividade

Sendo uma peça de hardware, o Arduino pode operar de forma independente (como um robô), conectado a um computador (desse modo dando ao computador acesso às informações dos sensores do mundo exterior e provendo feedback) ou conectado a outro Arduino ou outro equipamento eletrônico ou chips de controle. Praticamente qualquer coisa pode ser conectada e a única limitação são sua imaginação e boa vontade em dispensar algum tempo e esforço para aprender algo novo, além da disponibilidade de componentes. Se você pode pensar em algo, o Arduino pode fazê-lo.
Arduino conectado via USB.
Arduino e suas infinitas possibilidades de conexão.

Riqueza de suporte

Existem milhares de pessoas e organizações por aí engajadas no Arduino. Como resultado disso, se você estiver sem ideias, existem sempre algum projeto pré-codificado para construir, existem sempre novas maneiras de aprender. É, também, muito fácil começar.
Placa de LED mostrando 'Hello world... I love arduinos'.
'Hello world...' feito com Arduino.

Versatilidade e custo

Uma unidade oficial completa custa US$ 50 — muito menos que outras plataformas micro controladas, o que faz esses pequenos milagres da eletrônica serem acessíveis a hobbistas e instituições de ensino.
A linguagem de programação com a qual você trabalha é incrivelmente simples e deve ser familiar a qualquer um que tenha experiência com Java ou linguagens similares. (Ela é, na realidade, baseada na Processing)
O Arduino ainda é uma fantástica ferramenta de aprendizagem, com a qual você pode experimentar com eletrônicos e aprender as fundações. Na realidade, se tivéssemos isso quando eu estava na escola, tenho certeza de que teria virado um engenheiro de hardware.
Quer saber mais? Dê uma olhada neste curto documentário sobre o Arduino que vai um pouco mais fundo dos bastidores e motivações da criação do projeto. Muito dele está em italiano porque, se o nome não lhe deu a pista, o projeto teve início na Itália.

É com muita alegria que lhes digo que o meu Arduino chegou ontem e, com alguns minutos, consegui ajustar o aplicativo de demonstração padrão em LED “hello world” com uma sirene que toca em intervalos aleatórios. Foi feito em, literalmente, alguns minutos.

O que é Arduino?



O que é um Arduino?
Arduino é uma ferramenta para criar computadores que podem sentir e controlar mais o mundo que seu PC. Ele é uma plataforma física de computação de código aberto baseado numa simples placa microcontroladora, e um ambiente de desenvolvimento para escrever o código para a placa.
O Arduino pode ser usado para desenvolver objetos interativos, admitindo entradas de uma séria de sensores ou chaves, e controlando uma variedade de luzes, motores ou outras saídas físicas. Projetos do Arduino podem ser independentes, ou podem se comunicar com software rodando em seu computador (como Flash, Processing, MaxMSP.). Os circuitos podem ser montados à mão ou comprados pré-montados; o software de programação de código-livre pode ser baixado de graça.
A linguagem de programação do Arduino é uma implementação do Wiring, uma plataforma computacional física semelhante, que é baseada no ambiente multimídia de programação Processing.
Como eu posso obter um Arduino?
Você pode comprar de um dos distribuidores listados na página de compras. Se você preferir montar o seu próprio, veja oCircuito Serial Arduino de Lado Único, que pode ser facilmente impresso e montado.
Quem faz os circuitos do Arduino?
A maioria dos circuitos oficiais do Arduino são fabricados pela SmartProjects na Itália. O Arduino Pro, Pro Mini e LilyPad são fabricados pela SparkFun Electronics (uma companhia estado-unidense). O Arduino Nano é fabricado pela Gravitech (também uma companhia estado-unidense).
O Arduino é de código aberto?
Sim. O código do ambiente Java é liberado sob a licença GPL, as bibliotecas microcontroladoras C/C++ sob LGPL, e os esquemas e arquivos CAD sob Creative Commons Attribution Share-Alike.
Eu quero projetar minha própria placa. O que devo fazer?
Os projetos de referência do Arduino estão disponíveis na página de hardware. Eles são licenciados sob Creative Commons Attribution Share-Alike, portanto você é livre para usá-los e adaptá-los às suas necessidades próprias sem precisar pedir autorização ou pagar taxas. Se você pretende criar algo de interesse da comunidade, nós o encorajamos a discutir suas ideias no fórum de desenvolvimento de hardware para que usuários em potencial possam dar sugestões.
Como eu devo nomear minhas placas?
Se você está construindo sua própria placa, invente seu próprio nome! Isso permitirá que as pessoas identifiquem seu produto e o ajude a cosntruir uma marca. Seja criativo: tente sugerir para que as pessoas usarão a placa, ou enfatizar seu formato, ou simplesmente um nome qualquer que seja legal. “Arduino” é uma marca comercial da equipe Arduino e não deve ser utilizado em variantes não oficiais.. Se você quer que seu projeto seja incluído na lista oficial de produtos Arduino, por favor, veja o documento Então você quer fazer um Arduino e entre em contato com a equipe Arduino. Note que não queremos restringir o uso do sufixo “duino”, ele causa arrepios nos italianos da equipe (aparentemente isso soa terrível); talvez você queira evitá-lo.
Posso construir um produto comercia baseado no Arduino?
Sim, com as seguintes condições:
  • Anexar fisicamente um circuito Arduino dentro de um produto comercia não requer que você divulgue ou torne público qualquer informação de seu projeto.
  • Derivações do projeto de um produto comercial dos arquivos Eagle para um circuito Arduino requerem que você libere as modificações sobre a mesma licença Creative Commons Attribution Share-Alike. Você pode fabricar e vender o produto resultante.
  • Usar o núcleo e bibliotecas do Arduino para o firmware de um produto comercial não requer que você publique o código fonte do firmware. A licença LGPL, no entanto, requer que você disponibilize arquivos que permitam a religação do firmware com versões atualizadas do núcleo e bibliotecas do Arduino. Qualquer modificação no núcleo ou bibliotecas deve ser liberada sob licença LGPL.
  • O código fonte do ambiente do Arduino é coberto pela licença GPL, que requer que quaisquer modificações sejam de código-livre e sob a mesma licença. Ela não proíbe a venda de derivações ou sua inclusão em produtos comerciais.
Em todos os casos, os requerimentos exatos são determinados pela licença aplicável. Além disso, veja perguntas anteriores para mais informações do uso do nome “Arduino”.
Como posso rodar o ambiente Arduino no Linux?
Veja instruções para Ubuntu LinuxDebian LinuxGentoo LinuxLinux, ou Linux no PPC. Este tópico tem mais informações. Ou ainda, você pode usar o Arduino via linha de comando, sem precisar instalar o Java.
Posso programar o circuito do Arduino em C?
De fato, você já programa; a linguagem do Arduino é meramente um conjunto de funções C/C++ que podem ser chamadas em seu código. Seu esboço sofre pequenas mudanças (como geração automática de protótipos de funções) e então é passado diretamente para um compilador C/C++ (avr-g++). Todas as construções padrão C e C++ suportadas pelo avr-g++ devem funcionar no Arduino. Para mais detalhes, veja a página Processo de construção do Arduino.
Posso usar um ambiente diferente para programar o Arduino?
É possível compilar programas para o Arduino usando um Makefile e a linha de comando. Se você consegue fazer seu ambiente rodar, então você está pronto.
Posso usar um Arduino sem o software Arduino?
Claro. Ele é apenas uma implementação de um circuito AVR, você pode usar diretamente AVR C or C++ (com avr-gcc e avrdude ou AVR Studio) para programá-lo.
Posso usar o software do Arduino com outros circuitos AVR?
Sim, embora seja necessário modificar as bibliotecas do núcleo do Arduino. Veja a página de outros hardwares para detalhes.
Solução de problemas
Estas perguntas foram movidas paraa seção de solução de problemas do guia do Aruino.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Peixe-robô que nada em piscina é destaque na Coreia do Sul


O peixe-robô é uma das atrações da feira na Coreia do Sul. Foto: AP
O peixe-robô é uma das atrações da feira na Coreia do Sul
Foto: AP
Um peixe-robô que nada em uma piscina na Coreia do Sul foi destaque na sexta-feira durante a Expo 2012 - uma feira que acontece na cidade de Yeosu, no país asiático.
A Expo 2012 reúne várias áreas, inclusive a de robótica. "Os robôs são diversos. Existe um robô feminino que tem 30 expressões faciais diferentes e um outro, que dança ao som da banda coreana Super Junior", reproduz o site Daily Mail a partir de uma fala de um dos organizadores da feira.
Ao total, são mais de 70 robôs diferentes que vêm de países como Estados Unidos, Reino Unido, França, além de países da Ásia.
De acordo com a agência AP, a expectativa é que, nas próximas semanas, a feira, que conta com a participação de mais de 100 países, tenha cerca de 10 milhões de visitantes.