quarta-feira, 26 de maio de 2010

Lajes Nervuradas

Uma laje nervurada é constituída por um conjunto de vigas que se cruzam, solidarizadas pela mesa. Esse elemento estrutural terá comportamento intermediário entre o de laje maciça e o de grelha.
Segundo a NBR 6118:2003, lajes nervuradas são "lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte."
As evoluções arquitetônicas, que forçaram o aumento dos vãos, e o alto custo das formas tornaram as lajes maciças desfavoráveis economicamente, na maioria dos casos. Surgem, como uma das alternativas, as lajes nervuradas.


Resultantes da eliminação do concreto abaixo da linha neutra, elas propiciam uma redução no peso próprio e um melhor aproveitamento do aço e do concreto. A resistência à tração é concentrada nas nervuras, e os materiais de enchimento têm como função única substituir o concreto, sem colaborar na resistência.
Essas reduções propiciam uma economia de materiais, de mão-de-obra e de fôrmas, aumentando assim a viabilidade do sistema construtivo. Além disso, o emprego de lajes nervuradas simplifica a execução e permite a industrialização, com redução de perdas e aumento da produtividade, racionalizando a construção.



CARACTERÍSTICAS DAS LAJES NERVURADAS

Serão considerados os tipos de lajes nervuradas, a presença de capitéis e de vigas-
faixa e os materiais de enchimento. As lajes nervuradas podem ser moldadas no local ou podem ser executadas com nervuras pré-moldadas.

1. Laje moldada no local:
Todas as etapas de execução são realizadas "in loco". Portanto, é necessário o uso de fôrmas e de escoramentos, além do material de enchimento. Pode-se utilizar fôrmas para substituir os materiais inertes. Essas fôrmas já são encontradas em polipropileno ou em metal, com dimensões moduladas, sendo necessário utilizar desmoldantes iguais aos empregados nas lajes maciças.

2. Laje com molduras pré-moldadas:
Nessa alternativa, as nervuras são compostas de vigotas pré-moldadas, que dispensam o uso do tabuleiro da fôrma tradicional. Essas vigotas são capazes de suportar seu peso próprio e as ações de construção, necessitando apenas de cimbramentos intermediários. Além das vigotas, essas lajes são constituídas de elementos de enchimento, que são colocados sobre os elementos pré-moldados, e também de concreto moldado no local.



3. Lajes Nervuradas com Capitéis e Vigas-faixa:
Em regiões de apoio, tem-se uma concentração de tensões transversais, podendo ocorrer ruína por punção ou por cisalhamento. Por serem mais frágeis, esses tipos de ruína devem ser evitados, garantindo-se que a ruína, caso ocorra, seja por flexão. Além disso, de acordo com o esquema estático adotado, pode ser que apareçam esforços solicitantes elevados, que necessitem de uma estrutura mais robusta.

Para ler o texto na íntegra e ver mais fotos, clique Aqui.

Recomendo também uma excelente reportagem feita pela Revista Equipe de Obra, que mostra um passo a passo de como empregar o uso de lajes nervuradas, utilizando fôrmas de polipropileno:

http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/16/artigo76287-1.asp


Para quem quiser saber mais, recomendo estes links também:

http://www.arq.ufsc.br/labcon/arq5661/trabalhos_2004-2/isopor/lajes_nervuradas.htm

http://www.racer.com.br/sical_015.htm

Bahrain World Trade Center

O Bahrain World Trade Center é um complexo comercial localizado na cidade de Manama, capital do Bahrain, nas proximidades do Golfo Pérsico.


O edifício é composto por duas torres simétricas projetadas em forma de vela, com uma altura de 240 metros, e 50 andares. As torres são ligadas através de três pontes e cada uma tem anexado a sua estrutura uma turbina eólica gigantesca com 29 metros de diâmetro movidas pela energia do vento. As turbinas geram cerca de 225 kW máximos com ventos entre 15 e 20 m/s. O objetivo é que a brisa do Golfo Pérsico gere energia capaz de reduzir o consumo de energia elétrica do prédio em até 15%. Isso representa cerca de 1,3 mil MWh por ano, suficientes para iluminar 300 casas populares e deixar e emitir 55 toneladas de carbono anuais.


A Atkins, responsável pelo projeto do BWTC projetou as torres de forma que o vento fosse afunilado para as turbinas, dando um perfil elíptico as torres, forma pouco comum para prédios desse porte.


Testes em túnel de vento mostraram que o desenho das torres acelerava o vento para as turbinas em até 30%, o que garante maior eficiência nos ganhos de energia.


Vejam também o site oficial:

http://www.bahrainwtc.com/

Ranking das melhores empresas de construção para trabalhar

Um estudo da Exame/Heidrick & Struggles revelou quais as melhores empresas para trabalhar em Portugal em 2010. Nas 100 melhores encontram-se 14 empresas de construção:
4º – Ramos Catarino (ME)
11º – Conduril (GE)
14º – Grupo Lena (GE)
18º – Ferrovias e Construções (ME)
26º – Lúcio da Silva Azevedo e Filhos (ME)
33º – Procme (GE)
35º – Grupo Soares da Costa (GE)
40º – Zagope (GE)
41º – Alberto Couto Alves (GE)
45º – Construções Europa Ar-Lindo (ME)
46º – Grupo Domingos da Silva Teixeira (GE)
49º – Tecnovia Açores (GE)
59º – FDO Construções (GE)
74º – Opway (GE)
Para saberem quais as empresas de outros sectores presentes nas 100 melhores empresas para trabalhar, vejam o artigo da Sábado.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A História da Engenharia Civil no Brasil

"A Engenharia moderna nasceu dentro dos Exércitos; a descoberta da pólvora e depois o prgresso da Artilharia obrigaram a uma completa modificação nas obras de fortificação, que, a partir do século XVII, paasaram a exigir profissionais habilitados para o seu planejamento e execução. As altas torres e as muralhas retas das fortificações medievais não proporcionavam mais uma boa defesa na era dos canhões, sendo substituídas por muralhas em ângulos geometricamente planejados de modo que cada face pudesse ser protegida. com isso a necessidade de realizar obras que fossem ao mesmo tempo sólidas e econômicas e, também, estradas, pontes e portos para fins miltares, forçou o surgimento dos dos Oficiais-Engenheiros e a criação dos Corpos especializados de Engenharia nos Exércitos" (Eng. Pedro da Silva Telles em História da Engenharia no Brasil)


As obras mais antigas de que se tem notícia são as fortificações da cidade de Jericó (8000 AC). O exército Romano, em 230 AC, já tinha uma tropa especializada em Engenharia, as chamadas "fabri", cujos oficiais cursavam uma escola de treinamento para construção de fortificações, estradas e pontes em todo o vasto Império Romano, e algumas ainda podem ser vistas nas regiões da Gália, Germânia, Britânia e norte dos Alpes.. A Engenharia Militar dos árabes e bizantinos deixou também suas marcas no norte da África e Espanha. Mais tarde (séc XVI), os franceses, que já despontavam como potência militar, criou tropas de Engenharia no seu Exército e contou com grandes Engenheiros Militares que são mais conhecidos hoje como matemáticos e físicos: General Belidor (La Science des Ingénieurs - 1729), Lagrange, Laplace, Prony, Fourier, Poisson, Monge (criador da geometria descritiva, destacou-se em combate aos 50 anos, criou a Ècole Polythechnique, refência, ainda hoje, de escola de Engenharia), Poncelet (foi prisioneiro de guerra e escreveu um tratado de geometria projetiva no cativeiro), Cauchy, Carnot (do ciclo de Carnot da termodinâmica), etc. Áustria, Rússia, Grâ-Bretanha, Prússia, Espanha, Portugal, etc, seguiram as mesmas tendências. Brasil e Estados Unidos, como colônias, também receberam a mesma influência. De forma que, no Brasil foi criada a terceira escola de Engenharia regular do mundo e primeira das Américas (Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho, em 1792), se bem que desde 1699, por ordem do rei de Portugal, já havia cursos de Engenharia no Brasil. nos Estados Unidos surgiu a segunda escla de Engenharia das Américas, a Academia Militar de West Point.

O termo "Engenheiro" significava "oficial que sabe arquitetura, militar, e dirige os trabalhos para o ataque e defesa de praças..." (Novo Dicionário da Língua Portuguesa - 1859). o termo "Engenheiro Militar", na época, era uma redundância, pois todos os Engenheiros eram militares. O termo "Engenheiro Civil", que atualmente designa a especialidade de Engenharia de Construção, segundo o Prof pedro da Silva Telles, foi usado pela primeira vez, pelo inglês John Smeaton, um dos descobridores do cimento Portland, para designar os profissionais que começavam a se dedicar a atividade de Engenharia, exclusivamente, fora dos Exércitos.

No Brasil, os Engenheiros Militares vindos de Portugal (os melhores, por ordem do rei de Portugal) e os já formados no Brasil, foram responsáveis por praticamente todas as grandes obras realizadas na época, tais como fortes, igrejas, mosteiros, estradas, arruamentos, edifícios públicos, obras de saneamento, etc. A maior obra da Engenharia Militar, projetada pelo grande Engenheiro português Brigadeiro Alpoim, foi o aqueduto do Rio de Janeiro, hoje conhecido como Arcos da Lapa.

Curiosidade: O Brasil pode se orgulhar por ter formado o primeiro Engenheiro não branco do mundo, o iminente André Rebouças ( que hoje dá nome ao túnel no RJ), herói da Guerra do Paraguai, da qual participou integralmente como Tenente do Corpo de Engenheiros, depois renomado Engenheiro e Professor. Dois de seus irmãos também se formaram Engenheiros na Escola Militar, em plena época da escravatura ( por volta de 1850). Abolicionista, tornou-se grande amigo de D. Pedro II, acompanhando-o no exílio. É uma das maiores provas de que o Exército e o Imperador não concordavam com a escravidão.

Fonte(s): História da Engenharia no Brasil, século XVI a XIX - Pedro Carlos da Silva Telles.

A importância do Engenheiro Civil na sociedade


A importância da Engenharia Civil é tão grande que se torna praticamente impossível pensar o mundo sem a sua presença. Mas, se num exercício de imaginação aconseguíssemos criar uma cidade sem a sua intervenção, ela certamente se reduziria a um amontoado de barracos isolados, sem comunicação, energia ou sistema de água e esgoto. O caos, enfim.

O engenherio civil é, de longe, o profissional mais importante quando o assunto é estrutura. Só ele está habilitados a lidar com projetos e construções de edifícios, estratas, túneis, metrôs, barragens, portos, aeroportos e até usinasde geração de energia. Com seu conhecimento, escolhe os lugares mais apropriados para uma construção, verifica a solidez e a segurança do terreno e do material usado na obra, fiscaliza o andamento do projeto e também o funcionamento e a conservação da rede de água e a distribuição de esgotos.

História da Engenheira Civil

Mas antes que conquistasse o prestígio e alcançasse o desenvolvimento que tem hoje, foi preciso que a Engenharia percorresse um longo trajeto de seis mil anos, desde que o homem deixou as cavernas e começou a pensar numa moradia mais segura e confortável para a sua família. Já os templos, os palácios e os canais, que foram marca registrada na Antigüidade, começaram a fazer parte da paisagem cerca de dois mil anos depois do aparecimento das primeiras habitações familiares.

Foi na Idade Média, quando o Império Bizantino sofria ataques freqüentes de outros povos, que a Engenharia ganhou novo e decisivo impulso. Entre os séculos VI e XVIII, os conhecimentos da área foram aproveitados sobretudo para fins militares, como a construção de fortalezas e muralhas ao redor das cidades. A atividade religiosa, principalmente na Idade Média, périodo em que a Igreja foi uma força paralela ao Império, impulsionou a construção de catedrais cada vez mais suntuosas.

Ao longo de sua História, a Engenharia foi amealhando quase só sucessos. Vez por outra, até suas eventuais falhas se tornaram célebres como no caso da Torre de Pisa, construída na cidade de Pisa, na Itália, no século XII, em solo incapaz de sustentá-la, hoje, ela apresenta uma inclinação de cinco metros em relação ao solo e, não fossem os inúmeros recursos da mais moderna tecnologia ali empregados, já teria tombado. Mas a torre italiana pode ser considerada um acidente de percuso, embora esteja longe de ser o único. Afinal, naquela época não havia escolas de Engenharia Civil e o conhecimento era limitado. Foi só no século XVIII que as escolas começaram a se formar, a partir da fundação da École de Ponts et Chaussées, em 1747, na França.

No Brasil, a Engenharia deu seus primeiros passos, de forma sistemática, ainda no período colonial, com a construção de fortificações e igrejas. Logo em 1549, com a decretação do Governo Geral, o engenheiro civil Luiz Dias foi incumbido pelo "governador das terras do Brasil", Tomé de Souza, de levantar os muros da cidade de Salvador (BA), a capital. Dias acabou construindo também o edifício da alfândega e o sobrado de pedra-e-cal da Casa da Câmara e Cadeia, que se tornou célebre como o primeiro do gênero na colônia. Mas a crição de uma escola de Engenharia Civil brasileira só se daria 258 anos depois, com a chegada da Família Real ao País, em 1808, e a conseqüente fundação da Real Academia Militar do Rio de Janeiro. Seu objetivo era formar oficiais da artilharia, além de engenheiros e cartógrafos. Em 1842, a academia foi transformada em Escola Central de Engenharia e, 32 anos depois, convertida em curso exclusivo de Engenharia Civil. Essa instituição é, hoje, a Escola Nacional de Engenharia.

Organizada em instituições, a Engenharia Civil ganhou estudos mais sistematizados e as cidades passaram a crescer vertiginosamente, numa velocidade nunca antes registrada. Vieram os altos edifícios, as pontes quilométricas, o sistema de saneamento básico, as estradas pavimentadas e o metrô. Para construir obras tão distintas, o engenheiro precisou adquirir conhecimento profundos em pelo menos cinco grandes áreas: estruturas, estradas e transportes, hidráulica e saneamento, geotecnia, materiais e construção civil. São essas modalidades que hoje compõem a base dos currículos das escolas de Engenharia Civil.

Adesivos são opções de decoração


Muitos arquitetos já estão incluindo adesivos decorativos na composição dos ambientes. Esta é uma alternativa moderna, criativa e tem um custo acessível que varia de acordo com as dimensões e materiais do produto.

Há empresas que além dos “modelos padrão”, desenvolvem temas sob encomenda, trabalhando em parceria com profissionais da área, ou ainda atendendo os pedidos diretamente de pessoas que resolvem transformar o visual da residência (ou escritório).

A Cazulo - site www.cazulo.com.br/ - é um dos exemplos de site que disponibiliza este recurso, oferecendo diversas possibilidades de criação de ambientes personalizados.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

E a construção civil continua em crescimento...


O mercado da construção civil no Brasil está movimentando muitas cifras. Este aquecimento requer cada vez mais profissionais capacitados (estudem!). Assim, em cada anúncio de sucesso das grandes construtoras, mais notícias positivas aparecem no mercado.

Um exemplo é o anúncio da Even Construtora e Incorporadora S.A. com atuação em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, e foco em empreendimentos residenciais de até R$ 500 mil. Recentemente foi divulgado que a empresa registrou um lucro líquido de R$ 44 milhões no primeiro trimestre de 2010, o que representa um avanço de 283% sobre o mesmo trimestre de 2009.

Já a Brookfield Incorporações S.A., teve um lucro líquido de R$ 53 milhões no primeiro trimestre de 2010, um crescimento de 245% em relação ao mesmo período do ano passado. A receita líquida passou de R$ 256,2 milhões para R$ 467,6 milhões, ou 83% a mais. Portanto, crescer é também sinônimo de contratar... é ou não uma ótima notícia?